quarta-feira, 14 de julho de 2010
Cidades Históricas MG
Os colonos portugueses, restritos ao litoral brasileiro, não encontram riquezas em quantidades como acontecia nas colônias espanholas. A esperança era se afastar do litoral, penetrando no interior do país. A primeira expedição a se adentrar com sucesso pelo interior desconhecido, na busca por ouro e pedras preciosas, foi liderada por Fernão Dias Paes leme, no final do século XVII. Consta que Fernão Dias morreu acreditando ter encontrado esmeraldas, mas na verdade eram turmalinas verdes. Fato é que ele abriu uma nova rota para o interior e por volta de 1700 alguns membros de sua antiga expedição encontraram uma estranha pedra preta nas proximidades de Vila Rica. Mandaram amostras a Portugal, de onde voltou a notícia tratar-se de ouro, escuro devido a grande concentração de minério de ferro no solo - Ouro Preto, o nome atual da antiga Vila Rica.
A descoberta deu início ao Ciclo do Ouro do Brasil. Mais e mais pessoas migraram do litoral para a região das minas e aventureiros europeus, principalmente portugueses, atravessaram o oceano atraídos pelo precioso metal. Como eram poucos os que trabalhavam com as próprias mãos nas minas, escravos foram trazidos de Angola e dos canaviais baianos.
Cidades Históricas de Minas: redescobrindo o Brasil
Do alto, parecem maquetes de construções do século XVIII. De perto, as cidades históricas de Minas Gerais revelam relíquias do nosso passado histórico. O roteiro é longo, mas a cada mergulho nos campos, montanhas, museus e igrejas, você é brindado com o suntuoso reflexo da riqueza inconfidente.
A opulência do estilo rococó se funde com o barroco e se mescla com o colonial. O aroma do café fresquinho, acompanhado do macio pão de queijo lhe acompanha por toda a viagem e reflete um gosto único, o sabor de vestir esse cenário como quem veste uma roupa de época para entrar em cena.
Ouro Preto, Sabará, Mariana, Congonhas, São João Del Rei, Caeté e Tiradentes são cidades marcadas pelo Ciclo do Ouro e pelo barroco mineiro. Em cada uma, a história se liberta da cor sépia dos antigos livros, documentos e manuscritos para ganhar colorido, forma e interpretação. Neste pedaço de terra, após três séculos de exploração mineral, continua preservado o mais rico patrimônio histórico do Brasil.
O cenário dos Inconfidentes, Ouro Preto, ganhou o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, pela UNESCO, em 1980. O casario colonial, a profusão de igrejas e museus, aterrissados em ladeiras de pedras, são atrações para todas as idades. Quem também ganhou o mesmo título pela UNESCO foi a cidade vizinha, Congonhas.
Ela é toda cravejada de obras do gênio Aleijadinho, com ares religiosos que lhe rendem visitas de amantes da arte do mundo inteiro.
O verde emoldura as cidades como um quadro
antigo, mas que não precisa de restauração. Próximo a cada uma, existem florestas, lagos, cachoeiras ou parques à sua espera, para que o seu tour histórico refresque não só a sua memória, mas as horas onde tudo o que você precisa é de uma caminhada ou de um mergulho relaxante.
Com 20 km de distância de Belo Horizonte está Sabará. A cidade conserva a magnitude das construções do século XVIII. Mas, o que se observa por aqui são pequenas influências dos chineses em alguns monumentos. Nesse trecho do roteiro você vai encontrar o casamento das linhas coloniais com o traço oriental, como a Igreja do Ó.
Cidade de São João Del Rey
O exotismo impera na riqueza da época e também faz parte da fé e da arte da era do ouro na cidade de Caeté. A imperdível visão panorâmica da Serra da Piedade espalha o horizonte através das Minas, além das Gerais.
O escritor Guimarães Rosa dizia que "Minas, são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais". O desbunde explícito das cidades históricas no maior Estado do Sudeste brasileiro leva ao delírio milhões de visitantes de todo o planeta. Aqui, o sabor da cozinha mineira derrama no Ouro Preto, amarelo e verde, temperando a história com as cores da bandeira de um país, que apesar de recente, preserva o passado que o mundo inteiro vem aplaudir.
Rio São Francisco
Para provar que de norte a sul de Alagoas só tem praia bonita, encontramos no município de Piaçabuçu, a praia do Pontal do Peba, a última ao sul do Estado. A beleza das dunas e o encontro do Rio São Francisco com o oceano formam um lindo espetáculo da natureza. Nesta área de proteção ambiental, o projeto Tamar desenvolve programas de proteção das tartarugas marinhas.
A cidade de Penedo é a mais importante do baixo São Francisco. Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, Penedo possui um riquíssimo acervo arquitetônico do período colonial do Brasil como igrejas barrocas, conventos e sobrados preservados.
Na cidade de Piranhas, fundada no século XVIII, está situada a Hidrelétrica de Xingó, a mais importante do Nordeste. Além do passeio no lago de Xingó onde é possível navegar de catamarã, Piranhas oferece como atrações turísticas seu belo casario colonial e o museu do Sertão, que conta toda a história do cangaceiro Lampião.
Cidades Históricas
Outro destaque do interior alagoano é a cidade União dos Palmares, famosa por abrigar o Quilombo dos Palmares de Zumbi, símbolo da luta pela libertação dos escravos no Brasil.
Penedo, o Brasil Colonial às margens do Rio São Francisco. A Cidade fundada em 1614, é o maior patrimônio histórico de Alagoas, repleta de igrejas e sobrados dos séculos 17 e 18 tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional. Foi palco de várias disputas entre holandeses e portugueses por seu território. Localizada no extremo sul do Estado, a 180 km de Maceió.
Marechal Deodoro, a primeira capital de Alagoas, berço do Proclamador da República. Seus primeiros habitantes chegaram em 1520, a cidade é tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, por possuir um acervo arquitetônico riquíssimo, construído pelos Colonizadores Portugueses e Missionários Franciscanos. Localizada a poucos minutos de Maceió, é banhada pela Lagoa Manguaba e nela também está situada a famosa praia do Francês.
"A Terra da Liberdade"
União dos Palmares foi o último núcleo de resistência escrava das Américas, era na Serra da Barriga que estava localizado o Quilombo dos Palmares,um grupo de escravos negros, fugidos das fazendas na região Nordeste do Brasil.
Foi o maior quilombo, em extensão e duração, espalhando-se por vários pontos, e durou praticamente 100 anos, entre 1600 e 1695. A população total de Palmares chegou a atingir a marca de 20 mil habitantes, o que representava 15% da população do Brasil. Zumbi foi um dos líderes mais famosos de Palmares.